Pesquisar este blog

23 de julho de 2012

VEJA O FUTURO ANTES DOS OUTROS


Quando as pessoas não enxergam adiante pagam pela falta de visão. Pagam com suas empresas, seus empregos, amores, momentos de felicidade, coisas que só valorizam depois que perdem.

O que é visão?


Visão é a arte de ver o invisível.

Visão é a arte de ver oportunidades onde a maioria das pessoas só vê problemas.

A visão transforma você numa pessoa especial. Quando vê o que quase todos veem, deixa de ser alguém especial e vira maioria, e a maioria, infelizmente, é muito limitada.

Ver além do horizonte cria a competência necessária para aproveitar as oportunidades no meio das ameaças.

O verdadeiro empreendedor consegue enxergar o que está escondido nas entrelinhas. Ele se antecipa. Para as pessoas comuns, o ano de 2015 é um acontecimento do futuro; para os empreendedores, acontece hoje, pois sabem que o futuro é consequência do presente.

Um empreendedor sabe que existem duas batalhas ocorrendo ao mesmo tempo: a do presente e a do futuro. Ele se dedica a vencer a luta do presente, mas não esquece que há outra batalha no horizonte: a do imaginário, para conquistar o futuro.

Um vencedor não se acomoda com o sucesso de hoje. Ele sabe que na garupa do sucesso sempre vem o fracasso. E, se não se empenhar, correrá o risco de amargar derrotas no futuro.

O sucesso tende a levar à acomodação. Pior ainda: leva à ideia de que as razões que nos fizeram vencer no passado vão continuar nos conduzindo ao pódio. Bobagem...

A visão faz com que o indivíduo sempre esteja alerta para aproveitar as oportunidades. Ele consegue ver além do horizonte, pois enxerga como o mundo poderia ser.

Há uma historinha que ilustra bem a capacidade do empreendedor de ir além da perspectiva normal das pessoas:

Um rapaz caminhava triste, curtindo a dor de sua inesperada demissão, num dia de verão em que fazia um calor brutal. Um barulho gostoso de crianças chamou sua atenção e ele olhou para dentro da casa de onde vinham aquelas vozes.

As crianças estavam na piscina fazendo uma algazarra, mergulhando, rindo. Ele reparou, então, num escorregador abandonado ali perto. Por alguns momentos, ficou pensando por que os pais não integravam o escorregador às brincadeiras na piscina. Nesse momento, ele viu o futuro!

O próximo passo foi a inauguração do primeiro parque aquático, e toneladas de dinheiro para seu criador! O que para uma pessoa comum é a simples cena de um escorregador perto da piscina, para o empreendedor se transforma num parque aquático! Quando as pessoas descobrirem que é bom ter escorregadores nas piscinas, vão perceber que um empreendedor já o construiu.

Aqui vai uma sugestão para desenvolver seu espírito empreendedor: caminhe alguns minutos no horário de almoço olhando as pessoas e os estabelecimentos comerciais que for encontrando e dê asas à criatividade. Imagine serviços e produtos que poderiam melhorar a vida dessas pessoas e empresas.

Foi assim que se criaram pizzarias para viagem, videolocadoras, lojas de conveniência, vendas pela Internet e milhões de outras iniciativas que promoveram o sucesso de empreendedores.

Em todos os lugares do mundo, as pessoas reclamam das altas taxas de impostos. Mas o imposto mais caro é o da falta de visão. Quando as pessoas não enxergam adiante têm de pagar por sua falta de visão.

Pagam com suas empresas, seus empregos, amores, momentos de felicidade, coisas que só valorizam depois que perdem.

Por Roberto Shinyashiki

22 de julho de 2012

DISTRIBUIÇÃO INTELIGENTE


Neste artigo vamos apresentar as soluções relacionadas com o processo de distribuição de produtos na cadeia de abastecimento.

Introdução

Se isolamos o custo logístico relacionado com o processo de distribuição, podemos constatar que se trata de uma das parcelas mais representativas no Custo Logístico Total.

Essa característica financeira, aliada ao fato do processo de distribuição ter uma participação fundamental na qualidade do atendimento ao cliente, faz com que o mesmo tenha que ser adequadamente gerenciado.

Nesse contexto, a tecnologia da informação não poderia deixar de dar sua contribuição, visto que a mesma pode colaborar significativamente na redução dos custos de distribuição, bem como na melhoria do nível de serviço aos clientes.

Com a possibilidade das empresas monitorarem em tempo real o seu produto, em todo o ciclo de distribuição, até os mesmos chegarem às mãos de seus clientes, inúmeras possibilidades de serviços adicionais são sugeridas por conta do cenário atual, o que poderá ser traduzido em vantagens competitivas se as empresas souberem explorar adequadamente estas soluções.

Sistemas de Gerenciamento de Transporte (TMS)
TMS - Sistemas de Gerenciamento de Transportes

A gestão integrada nas organizações chegou também aos sistemas de gestão de transportes, onde soluções específicas para coletar, processar e fornecer informações gerenciais foram desenvolvidas e hoje já são integradas aos ERP (sistemas corporativos).

Denominados TMS, sigla que significa Transportation Management Systems, os Sistemas de Gerenciamento de Transporte são uma categoria de produto que vem incrementando a qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição.

As soluções TMS, como são relacionadas com a distribuição, possuem módulos específicos para apoiar o gerenciamento do processo em questão.
Podemos citar como módulos específicos de um TMS, as seguintes soluções: Gestão de frotas; Gestão de fretes; Roteirizadores; Programação de cargas; Controle de tráfego/rastreamento; Atendimento ao cliente, entre outros.

Funcionalidades

As funcionalidades das soluções TMS são muitas e desenvolvidas em função das necessidades específicas de cada negócio, porém é claro que podemos fazer um descritivo básico de algumas funções que integram uma solução voltada à distribuição.

Gestão de frotas

As funcionalidades que uma solução TMS possui no que diz respeito à gestão de frotas compreendem: 

* Controle do cadastro do veículo: considera todas as informações necessárias relacionadas a cada veículo da frota (seguros, leasing, etc.);

* Controle de documentação: licenciamento, impostos, taxas, boletins de ocorrência, pagamentos (à vista parcelado);

* Controle de manutenção: controla as atividades relacionadas à manutenção (garantias, manutenção preventiva, corretiva, etc.);

* Controle de estoque de peças: envolve o cadastro de componentes, localização de componentes, etc.;

* Controle de funcionários agregados: controla o cadastro de funcionários agregados;

* Controle de combustíveis e lubrificantes: controla todas as informações de atividades relacionadas com abastecimento de combustíveis e lubrificantes (frota, data, veículo, custo, local, etc.);

* Controle de tacógrafos: monitora o comportamento do motorista durante toda a viagem;

* Controle de pneus e câmaras: por meio do número gravado a fogo do pneu e etiquetas nas câmaras, pode-se gerenciar a manutenção de pneus, quilometragem rodada por pneu, e algumas empresas controlam até o protetor de câmara, se necessário;

* Controle de engates e desengates de carretas, entre outros.

Cada funcionalidade do módulo de gestão de frotas de uma solução TMS, que não pode ser explorado em sua íntegra nesta série, pode chegar a detalhes como:

* Identificar que pneu está em que posição e quantos quilômetros rodou nesta posição;

* Gerenciar o rodízio por quilômetro rodado ou por sulco, que pode ser medido na portaria da empresa a cada chegada de veículo, por exemplo;

* Liberar o abastecimento de combustível para o veículo por meio de uma tecnologia que permite a troca de informações eletrônicas entre o veículo, dotado de uma antena, e a bomba de combustível (posto);

* Gerenciar o consumo de combustível e pneus de tal forma que qualquer roubo desses itens no veículo é rapidamente identificado pelo sistema;

* Emitir relatórios gerenciais dos mais diversos tipos, personalizados em função da necessidade.

Gestão de fretes

No que diz respeito à gestão de fretes, as soluções TMS podem:

* Controlar por meio de um cadastro geral: transportadoras, rotas e taxas, entre outras informações;

* Controlar tabelas de fretes diferentes, ou seja, a tabela de uma transportadora e a tabela de um dos clientes da transportadora;

* Analisar e calcular o custo do frete por transportadora para subsidiar a escolha da melhor transportadora;

* Possibilitar cálculos e simulações de frete, para que uma transportadora possa avaliar diferentes alternativas de custo e prazo de entrega, oferecendo um melhor serviço ao cliente;

* Calcular fretes considerando os diferentes modais, por trecho percorrido, bem como todos os custos atrelados;

* Controlar conhecimentos de carga voltados à multimodalidade (rodoviário, ferroviário, aéreo, aquaviário);

* Apontar as rotas mais adequadas;

* Controlar o fluxo de informações por EDI - Intercâmbio Eletrônico de Dados, ou via Internet;

* Liberar pagamentos e recebimentos;

* Conferir documentação.

Roteirizadores

No universo dos Sistemas de Gerenciamento de Transporte, os roteirizadores podem ser adaptados como módulos específicos, tornando a solução ainda mais completa, já que os mesmos podem incorporar funcionalidades específicas ao TMS:

* Determinação das melhores rotas a serem utilizadas;

* Integração da sequência de entrega proposta com o sistema de gerenciamento de armazéns (WMS) que direcionará a separação de pedidos respeitando-se a sequência de carregamento;

* Análise da distribuição a partir de mais de um centro de distribuição, consolidando o melhor cenário;

* Gerenciamento do tempo de entrega por cliente, a fim de identificar as dificuldades específicas de carga e descarga em cada empresa;

* Reprogramações de entrega em função de imprevistos ocorridos (problemas de quebras, acidentes, congestionamentos, etc.).

Controle de carga

Módulos de controle de carga são responsáveis por funções específicas de planejamento e controle, tais como:

* Planejamento de equipes de carregamento;

* Controle de funcionários por equipe;

* Gerenciamento de equipes específicas (ex.: transportes internacionais);

* Planejamento da acomodação de cargas no veículo em função de peso, volume, fragilidade, etc.;

* Planeja e controla as autorizações de serviço entre a empresa e fornecedores, a fim de que o motorista não tenha que levar dinheiro na viagem.

Outras tecnologias

Além das funcionalidades de um TMS, muitas outras tecnologias podem fornecer informações precisas e rápidas para uma adequada gestão da distribuição. Nesse contexto podem-se citar tecnologias específicas, tais como:

* Rastreamento de veículos: o sistema de comunicação móvel de dados, monitoramento e rastreamento de frotas, que utiliza recursos de comunicação do satélite BrasilSAT e de posicionamento da constelação de satélites GPS (Global Positioning System) - Autotrac. A tecnologia permite a troca instantânea de mensagens entre os veículos e suas bases de operação, possibilitando uma comunicação eficiente e sigilosa entre as partes e a automação das atividades de campo;

* Etiquetas de radiofreqüência/transponders: a partir da identificação de uma carga (ou de um veículo) com essa tecnologia, a mesma, quando chega ao seu ponto de destino, é identificada automaticamente pelo sistema, visto que a transmissão de dados é baseada em um sistema automático de identificação por sinal de rádio. Isso possibilita um direcionamento automático do veículo para a carga ou descarga, tornando mais ágil a operação.

Conclusão

Investir em tecnologia da informação permite que se tenha uma maior eficácia no processo de distribuição, pode ser mais fácil de se viabilizar economicamente, pois é nesta atividade do processo logístico onde estão mais intensamente localizadas as "variáveis de serviço"* que podem decretar o sucesso de um produto: tempo de atendimento e custo.

* Variáveis de Serviço: As variáveis de serviço são tudo aquilo que se agrega a um produto ou serviço de tal forma que o valor percebido pelo cliente seja alterado.

Por Eduardo Banzato – Diretor e instrutor da IMAM Consultoria Ltda.

20 de julho de 2012

ALUNOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DA UNESP DE TUPÃ PROMOVEM PALESTRA SOBRE “OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA NO BRASIL”


Prof. Geraldo Cesar Meneghello com professores
e alunos do curso de Administração de Empresas
da UNESP de Tupã - SP
O Programa de Educação Tutorial (PET) é desenvolvido em grupos organizados a partir de cursos de graduação das instituições de ensino superior do País, tem como princípio unir as três vertentes: ensino, pesquisa e extensão.


 A UNESP, Campus experimental de Tupã, possui o PET/Empreendedorismo para atender o curso de Administração de Empresas. Seu objetivo é consolidar o compromisso com a formação acadêmica de qualidade, ética e cidadã, bem como desenvolver e estimular as competências e habilidades para o desenvolvimento de ações empreendedoras e/ou no fomento ao empreendedorismo. 


O grupo PET/Empreendedorismo é composto pelos tutores Profº Timóteo Ramos Queiroz e Profº Renato Dias Baptista e, pelo alunos: Amanda Rodrigues, Cíntia Patelli de Carvalho Silva, Dimitria Fernanda Destassi, Fábio Mosso Moreira, Felipe Rodrigues, Fernanda Giovanini, Juliana Priscila Faria de Carvalho, Lucas Fialho, Maria Eduarda Protis, Maria Eduarda Oliveira Fernandes, Mariana Fresarin e Rúbia Guimarães Rosa.


Prof. Geraldo recebe os cumprimentos de Mariana
Fresarin representando os membros do PET.

Um dos eventos que o grupo realiza é “A Sociedade em Questão” que tem como propósito impulsionar debates entre os alunos a cerca de um fato em pauta na sociedade, que esteja causando repercussão nacionalmente, ou até mesmo internacionalmente, que envolvam importantes mercados e setores da economia com a participação de estudiosos da área para compartilharem suas experiências, dificuldades, tendências e demandas do mercado.

Prof. Geraldo  ministra palestra sobre
"Os Desafios da Logística no Brasil" 

No mês de Junho, o tema abordado foi “Os Desafios da Logística no Brasil” e contou com a participação do Profº Geraldo Cesar Meneghello, o qual apresentou a situação dos principais modos de transporte de carga e expôs suas limitações para o crescimento da economia brasileira. Além disso, tratou de assuntos relacionados à infraestrutura brasileira e o atendimento dos próximos grandes eventos: Copa do Mundo e Olimpíadas.

18 de julho de 2012

MAIS UM COMPONENTE PARA O PEDIDO PERFEITO


Está na moda medir o pedido perfeito. Provavelmente seja o indicador mais amplo e completo, pois engloba aspectos relacionados à pontualidade na entrega, quantidade e diversidade dos itens solicitados, condição de entrega e documentação fiscal e bancária.

Dentro do total de pedidos atendidos, o pedido perfeito mede o % de pedidos atendidos no prazo combinado com o Cliente, com a quantidade e diversidade solicitada, sem avaria alguma no produto ou na embalagem, sem problemas na documentação fiscal e bancária. Dá para melhorar?

Um novo componente passa a ser incorporado ao pedido perfeito. Além de cumprir todos os requisitos anteriores, ainda é necessário causar uma boa impressão ao cliente.

Já pensou se ao final de um pedido perfeito, o motorista do caminhão, ao manobrar o veículo, arranca e destrói o toldo do cliente. Ou durante a entrega, mexe com as moças dentro do estabelecimento comercial, provocando uma confusão generalizada?

Pois é, ao causar boa impressão ao Cliente, o pedido perfeito é concluído com chave de ouro!

E como medir mais esse requisito de qualidade do serviço prestado?

É simples. Através da própria reclamação do Cliente, que deve ser facilitada por um canal exclusivo junto à logística ou ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). Pesquisas qualitativas e quantitativas também podem se realizadas em paralelo para atestar o indicador apurado.

E isso pode não parar por aí. Daqui a pouco vão dizer que o pedido apenas será considerado perfeito se o Cliente voltar a comprar, dentro da freqüência normal, isto é, dentro do seu intervalo histórico.

Dá para incorporar mais alguma coisa? Com certeza ainda dá. Na linha da logística verde, poderemos vir a considerar pedido perfeito aquele no qual a equipe de distribuição, por exemplo, recolhe embalagens retornáveis ou material reciclado, gerado pela sua empresa. Já pensou?

Ufa, acabou! É melhor encerrar por aqui, antes que alguém diga que o componente humano também deva ser adicionado ao conceito, estabelecendo por exemplo, que a equipe de entrega precisa estar motivada ao cumprir seu dever operacional.

Portanto, pedido perfeito pode vir a ser aquele entregue por uma equipe operacional motivada, no prazo requerido pelo Cliente, atendendo à quantidade e diversidade de itens solicitados, viabilizando a logística reversa, sem apresentar alguma avaria nos produtos e embalagens, com a documentação fiscal e bancária correta, causando boa impressão ao Cliente, estimulando-o a comprar mais e com maior freqüência. Chega!

Por Marco Antonio Oliveira Neves

15 de julho de 2012

O TRANSPORTE FLUVIAL


Hidrovia Tietê-Paraná corredor utilizado para exportação

A utilização dos rios como via de transporte/navegação sempre foi presente na história da humanidade. Em países desenvolvidos, onde a rede de transporte terrestre é extremamente desenvolvida, as hidrovias ainda assim são de fundamental importância. Desse modo, as hidrovias desses países são modernas, o que torna esse meio de transporte eficiente, incluindo ainda as evoluções nas embarcações fluviais, tendo em vista que no passado eram movidas a vapor, mais tarde passaram a usar o óleo diesel como combustível, o que permitiu aumento na velocidade.

Uma característica positiva desse meio de transporte é o baixo custo, por essa razão o transporte ferroviário não substituiu o hidroviário, com exceção dos lugares impróprios para a implantação de hidrovias.

O transporte hidroviário é econômico, além disso, é menos poluente, pode ser usado como alternativo ou, até mesmo, substituir o transporte rodoviário.

Porém, não basta somente querer implantar uma hidrovia, existem fatores que impedem, em alguns casos, sua instalação. Um dos principais problemas está ligado à irregularidade da superfície (topografia), que deve ser plana, pois se o terreno for acidentado, a implantação da hidrovia torna-se inviável.

Atualmente, até mesmo em lugares de planaltos é possível navegar a partir da aplicação de tecnologias. Para que a navegação fluvial se desenvolva eficientemente é preciso levar em conta aspectos de caráter natural, como os períodos de cheias e as vazantes dos rios, ambas relacionadas ao volume de água que sofrem variações e que interferem na navegação.

Por Eduardo de Freitas

9 de julho de 2012

A COBRANÇA DE TAXAS NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS


O transporte rodoviário de cargas (TRC) é uma atividade sujeita exclusivamente às leis de mercado. Assim, o valor do frete praticado não está sujeito a legislação de nenhuma espécie, sendo regida, portanto, pelos usos e costumes assim como pela livre negociação entre Transportador e Embarcador.

A tarifa de frete é composta pelo frete-peso, pelas despesas administrativas e de terminais (DAT), pelo ad-valorem (ou frete valor), pela taxa de gerenciamento de risco (GRIS), pelas taxas adicionais (conhecida como generalidades) e pelo lucro e impostos.

O frete-peso corresponde, normalmente, à parcela de maior relevância, já que é constituído da soma dos custos fixos e variáveis. Dentre os custos fixos destacamos os salários, encargos sociais e benefícios dos motoristas e ajudantes e a depreciação do veículo e do equipamento. Entre os custos variáveis, ganham importância o combustível, manutenção e pneus; em alguns casos os gastos com pedágios também assumem papel de destaque.

As taxas adicionais cobradas em relação ao frete original vem ganhando importância e é cada vez maior a sua participação no custo total de transporte, principalmente nas entregas urbanas.

Mas afinal, que taxas são essas, e porque elas existem?

A mais conhecida de todas é a TDE - Taxa de Dificuldade de Entrega, aplicada a Clientes cujo recebimento das mercadorias seja ineficiente. Ela tem o objetivo de ressarcir o transportador pelos custos adicionais quando a entrega for dificultada por recusa da mão-de-obra da transportadora; solicitação de agendamento prévio, recebimento por ordem de chegada independente da quantidade; recebimento precário que gere filas e tempo excessivo na descarga; exigência de separação de itens no recebimento; exigência de tripulação superior à do veículo para carga e descarga; e disposições contratuais que agravem o custo operacional. Normalmente é cobrada como um % adicional do frete. O valor foi calculado em 20% a ser acrescidos ao frete original, com mínimo de R$ 26,82, ou seja, para fretes até R$ 125,00 deve-se cobrar a taxa mínima. Na prática, os valores podem chegar a até 100% do valor do frete original, pois algumas das Transportadoras estão classificando os Clientes em TDE 1, na qual se aplicaria a taxa tradicional, TDE 2, um valor 50% superior ao frete e até a TDE 3, com valores 100% superiores, ou seja, o dobro do frete convencional.

Outra taxa, costumeiramente aplicada às operações de carga fracionada é a Taxa de Coleta e Entrega. Normalmente é cobrado um valor por fração de 100 kg ou por Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga (CTRC) emitido, para cobrir os custos operacionais do veículo de coleta e entrega.  Essa taxa poderá sofrer redução de até 50%, se a carga for entregue pelo remetente no terminal de origem ou retirada pelo destinatário no terminal de destino ou até mesmo ser dispensada, caso ocorram ambas as situações para um mesmo despacho.

A Taxa de Despacho remunera as despesas relacionadas às atividades administrativas com a documentação de transporte. Deveria estar embutida nas despesas administrativas da Transportadora, mas atualmente é comum vermos algumas Transportadoras cobrarem uma taxa para a emissão do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga (CTRC).

A Taxa de Administração da Secretaria da Fazenda (TAS) foi oficializada pelo Conselho Nacional de Estudos e Tarifas (Conet) da NTC & Logística em 25 de setembro de 2003. Essa taxa tem como finalidade ressarcir as transportadoras dos elevados custos “invisíveis” gerados pelos trabalhosos procedimentos adotados pelas Secretarias de Fazenda dos Estados. Ela é cobrada sempre do pagador do frete (se frete é CIF, cobra-se do remetente; se frete FOB, cobra-se do destinatário), tanto para cargas interestaduais quanto para cargas transportadas dentro do próprio Estado. No caso de cargas fracionadas é cobrado por conhecimento (CTRC) e por 100 kg ou fração no caso de lotações.

A mais recente de todas, a Taxa de Restrição de Trânsito (TRT) visa ressarcir os custos adicionais com coletas e entregas em municípios que adotaram severas regras para a circulação de caminhões, como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. É cobrada na forma de % adicional sobre os fretes das cargas que tenham como origem ou destino estas localidades. O valor foi calculado em 15% a ser acrescidos ao frete original, com mínimo de R$ 12,00, ou seja, para fretes até R$ 80,00 deve-se cobrar a taxa mínima.

E não para por aí. Outras taxas estão sendo cobradas pelas Transportadoras para ressarci-las dos custos adicionais decorrentes da maior complexidade operacional:
Ø      Taxa de dificuldade de acesso
Ø      Taxa de paletização ou unitização de cargas
Ø      Taxa para agendamento de entregas
Ø      Taxa pela estocagem temporária no Terminal de Cargas
Ø      Taxa para veículo dedicado
Ø      Taxa para coletas ou entregas emergenciais
Ø      Taxa para coletas ou entregas em horários alternativos
Ø      Taxa para a devolução / digitalização dos canhotos
Ø      Outras diversas

Grande parte dessas taxas deveria estar embutida no frete peso ou nas despesas administrativas e terminais (DAT), mas como é cada vez mais difícil renegociar tarifas junto aos Embarcadores, as Transportadoras optaram pela cobrança desses valores adicionais por meio das taxas.

Na prática todas elas correspondem a uma resposta ao aumento de custos, em função ao aumento da complexidade operacional, mas também pelos requerimentos de serviços adicionais impostos pelos Clientes.

Portanto, tenha claro em sua mente os custos e despesas realmente existentes, para a sua correta gestão e pagamento (para Embarcadores) e cobrança (para Transportadoras).

Por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.

O QUE É LOGÍSTICA?


A logística existe desde os tempos mais antigos. Na preparação das guerras, líderes militares desde os tempos bíblicos, já se utilizavam da logística. As guerras eram longas e nem sempre ocorriam próximo de onde estavam as pessoas. Por isso, eram necessários grandes deslocamentos de um lugar para outro, além de exigir que as tropas carregassem tudo o que iriam necessitar.

Para fazer chegar carros de guerra, grandes grupos de soldados e transportar armamentos pesados aos locais de combate, era necessária uma organização logística das mais fantásticas. Envolvia a preparação dos soldados, o transporte, a armazenagem e a distribuição de alimentos, munição e armas, entre outras atividades.

Durante muitos séculos, a Logística esteve associada apenas à atividade militar.

Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, contando com uma tecnologia mais avançada, a logística acabou por abranger outros ramos da administração militar. Assim, a ela foram incorporados os civis, transferindo a eles os conhecimentos e a experiência militar.

Podemos dizer que a logística trata do planejamento, organização, controle e realização de outras tarefas associadas à armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços.

Exemplo de Logística

A indústria japonesa produz eletro-eletrônicos competitivos e, por isso, consumidos no Mundo todo. Para conseguir estes resultados, foi preciso projetar e desenvolver o produto adequado, armazená-lo corretamente, controlar os estoques, transportar, distribuir e oferecer assistência técnica de acordo com o desejado por seus consumidores.

Esse exemplo nos mostra que, ainda que os locais onde os produtos são manufaturados estejam distantes de onde serão consumidos, é possível, através da logística, atender satisfatoriamente aos consumidores.

No Brasil, os alimentos são transportados das zonas rurais até os centros urbanos. E, as mercadorias produzidas nas grandes cidades são levadas até o campo, em geral percorrendo grandes distâncias.

Por ser capaz de promover essa integração, é que o transporte é a atividade logística mais importante.

Transportar mercadorias garantindo a integridade da carga, no prazo combinado e a baixo custo exige o que se chama "logística de transporte". 

A movimentação dos produtos pode ser feita de vários modos: rodoviário, marítimo, ferroviário e aeroviário. A escolha depende do tipo de mercadoria a ser transportado, das características da carga, da pressa e, principalmente, dos custos.

Em nosso país, o modo de transporte de carga mais utilizado é o rodoviário. Mas é preciso adequar o equipamento ao tipo de carga a ser transportada. Por exemplo: contêineres necessitam de um cavalo mecânico; para distribuir produtos nas cidades, o caminhão-toco é o mais adequado.

A característica da carga define o tipo de transporte a ser empregado. Para carga a granel, é preciso uma carreta graneleira e não um caminhão-baú. Carga líquida só pode ser transportada em caminhão tanque.

Estas, entre outras, são variáveis que fazem parte da estrutura logística. São exemplos de sua aplicação. Porém, se a logística não auxiliar na melhoria de desempenho e na redução dos custos, os serviços de transporte não serão competitivos.

Por Vera Bussinger

4 de julho de 2012

O FUTURO DA LOGÍSTICA É VERDE!


Logística Verde
Até aqui as Transportadoras e os Operadores Logísticos cresceram e se desenvolveram sustentados nos "pilares" da logística convencional, aquela que segue o sentido tradicional, dos fabricantes e canais de distribuição aos clientes finais. Esse também tem sido o foco primário dos Embarcadores na gestão da operação logística. 

O futuro, porém, será diferente. É claro que a logística convencional nunca perderá seu valor e importância, mas a logística verde ganhará cada vez mais espaço e se tornará o grande protagonista no cenário mundial.

Mas por quê? Vários são os motivos.

Primeiro, existe e existirá cada vez com maior intensidade uma pressão econômica para recuperar o valor de produtos dentro da cadeia logística. Esse é um dos principais papéis da logística reversa, que tem como função primordial a maximização do valor dos ativos que estão sendo subtraídos do fluxo  tradicional. Reduzir custos e minimizar a necessidade de novos investimentos será determinante para o nível de competitividade das empresas, por isso, a gestão da logística reversa será fundamental!

Outro fator importante está relacionado à preocupação com o meio-ambiente. Nesse sentido a logística tem um papel crucial, principalmente ao desenvolver ações que contribuam para os 3Rs da eco eficiência: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Reduzir significa economizar de todas as formas possíveis. Reutilizar é uma forma de evitar que vá para o lixo aquilo que não é lixo. Reciclar, quando não deu para reduzir e nem reutilizar. Também contribuirá de forma decisiva para o avanço da logística reversa a questão da legislação “verde” (green laws), que tem avançado com grande velocidade nos países europeus. É o caso, por exemplo, da norma WEEE - Waste Electrical and Electronic Equipment ou Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE). A norma WEEE define junto aos Fabricantes os procedimentos adequados para o descarte e coleta de equipamentos elétricos e eletrônicos usados.  A implantação da norma WEEE na Europa começou nos países que participavam da União Européia em 13 de agosto de 2005 e aos poucos vem se estendendo por toda a Europa, Ásia e América, através das  filiais das empresas com sede na Europa. Outra norma importante, também vigente na União Européia é a RoHS, que também é conhecida como “a lei dos sem chumbo” (lead-free) mas esta diretiva também trata de outras cinco substâncias. Desde de 01/Julho/2006 a norma RoHS proíbe na União Européia a produção ou importação de novos equipamentos elétricos e eletrônicos que contenham níveis superiores ao acordado de chumbo, cádmio, mercúrio, cromo
hexavalente, polibromato bifenil (PBBs), éteres difenil-polibromatos (PBDEs); os dois últimos são usados como retardantes de chamas em plásticos. A diretriz cobre uma grande variedade de itens, ao longo de 10 categorias, incluindo grandes e pequenos eletrodomésticos, equipamentos high-tech, TVs, brinquedos, etc.

O aumento da velocidade de inovação em novos produtos e a tendência à descartabilidade também atuam no sentido de reforçar a importância e a necessidade de uma eficaz gestão da logística reversa. Algumas evidências disso:
  • Redução do ciclo de vida mercadológico dos produtos;
  • Surgimento de novas tecnologias e de novos materiais em suas constituições;
  • Obsolescência precoce planejada, visível em setores como informática (desktops e notebooks), automotivo, eletrodomésticos, têxtil (moda) e calçados, dentre outros.
  • Expectativa dos consumidores por novos lançamentos, aliados aos altos custos para reparos dos bens diante de seu preço de mercado;
  • Uso intensivo de embalagens descartáveis;
  • Avanço da informática. 
Outros fatores, como por exemplo a questão da imagem das empresas, também contribuirão para avançarmos na gestão da logística reversa, deixando de tratá-la apenas como um processo eventual e contingencial, e transformando-a em um processo regular, contando com uma infra-estrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais (re)processados. A capacidade de rastreamento de retornos,  o custeio da operação reversa, a  medição dos tempos de ciclo, o monitoramento do desempenho dos Fornecedores, etc., nos permite obter informações cruciais para negociações, melhoria de desempenho e identificação de abuso de consumidores no retorno de produtos.

Tanto para Prestadores de Serviços Logísticos quanto para os Embarcadores, a logística verde é uma excepcional oportunidade para obter receitas adicionais e reduzir custos.

Você, Transportador ou Operador Logístico, o que está fazendo para aproveitar essa onda verde? Quais novos serviços estão sendo desenvolvidos nesse sentido? E você Embarcador, quais competências estão sendo aprimoradas para otimizar tanto a sua logística convencional quanto a sua logística reversa?
Trilhar esse caminho não será fácil, mas o que você está esperando para iniciar essa longa, tortuosa e recompensadora jornada? Transforme risco em oportunidade! Empresas pioneiras e bem sucedidas nisso estão ganhando muito, mas muito dinheiro com a logística verde. Faça parte desse seleto grupo!

Por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda